martes, 10 de abril de 2007

LLEI D´USU PAL "LEONÉS"

Yá mui cerquina de facese los trinta años de l'aprebación de la Constitución Española, peque s'apuntan los primeiros y daveras decisivos pasos no reconocimientu de los dreitos civiles de los falantes de la llengua asturllionesa. El prósimu Estatutu d'Autonomía de Castiella y Llión prevéi por primera vé no sou artículu 5.2. que "el llionés seirá oxetu de proteición específica por parte de las instituciones pol sou particular valor dientro'l patrimoniu llingüísticu de la Comunidá. La súa proteición, usu y promoción seirá oxetu de regulación".

Yá nun hai vuelta atrás. El reconocimientu esplícitu de la súa esistencia significa l'aniciu d'un camín que yá va muitos años escomenzorun las demás comunidaes y naciones que forman parte del dominiu llingüísticu astur ou asturllionés. N'Asturies, dende 1998, de resultas del reconocimientu del asturianu ou bable yá na primera redaición del sou Estatutu d'Autonomía, hai una Llei d'Usu del Asturianu, qu'onque aspacio y de manera insatisfautoria pa una amplia mayoría social, permitíu progresos en campos cumu la toponimia y la escolarización. En Miranda l Douru, en Portugal, l'aprebación d'una Llei d'Ouficilidá, onque non conos mesmos efeutos práuticos que los que supón una declaración d'esti tipu n'España, sí permitíu un florecimientu de las lletras mirandesas y darréu una prestixación creciente de la llengua tradicional dientro una sociedá muitu ruralizada y marxinal. En Llión y en Zamora, con una situación inda más precaria en muitos aspeutos, el llionés, asturianu ou bable, sobrevivíu demasiaos años entre la negación, l'anubrimientu, la burlla y la utilización política. La promesa de regulación de la súa proteición, usu y promoción, solo puede concretase nuna Llei Autonómica de tenor paecidu al que consiguíu la nuesa llengua tradicional no Principáu d'Asturies. Ya igual que las nuesas autoridaes entainorun n'entamar acuerdos cona alministración gallega pa la promoción de las falas gallego-portuguesas d'El Bierzu occidental, abállanos una política de coherencia ya'l contautu y coordinación conas instituciones asturianas. Yá esiste una Academia de la Llingua ouficialmente constituida n'Uviéu, y reconocida pol conxuntu de los escritores ya inteleutuales del dominiu llingüísticu asturllionés. ¿Cuánto durarán los nuesos procuradores autonómicos en garrar el teléfonu y demandar la súa collaboración na redaición de la futura Llei d'Usu del Llionés? ¿Outros trinta años?

XOSEPE VEGA

LA CRÓNICA DE LEÓN 6/12/2006

1 comentario:

LEÑADOR dijo...

http://www.diariodetrasosmontes.com
«Lhéngua» legalizada em 1999 Mirandês
Estudiosos lutam pelo ensino generalizado do Mirandês
É preciso «começar a alfabetizar em Língua Mirandesa, à semelhança do que aconteceu no período pós-25 de Abril com a população adulta em relação à Língua Portuguesa». A opinião é de Amadeu Ferreira, escritor e estudioso da «lhéngua».«Hoje, o Mirandês já não é apenas uma língua oral que sobreviveu num rincão trasmontano confinado ao concelho de Miranda do Douro e parte do de Vimioso; para saber escrever em Língua Mirandesa (a segunda língua oficial em Portugal), é preciso estudar e aprender; este é o momento certo para começar a alfabetizar as pessoas, ensinando-as a escrever a sua língua, mas também a poderem ler o Mirandês», disse ao JN. Há já uma série de instrumentos de aprendizagem, como é caso da Convenção Ortográfica da Língua Mirandesa, gramática e dicionários de Mirandês, uma vasta colecção de publicações quer em prosa, quer em poesia de autores que estudaram e aprenderam a escrever o Mirandês. Na Internet, há já um dicionário com cerca de 25 mil entradas. E já se pensa na publicação de uma nova gramática da «lhéngua», dado que a actual data de 1900.Entretanto, enquanto o Ministério da Educação não assume a responsabilidade de alfabetizar aqueles que queiram aprender o Mirandês, há já um grupo de pessoas formadas e capazes de o fazer. A título de exemplo, em parceria com associações culturais ou juntas de freguesia, já que são instituições que estão mais perto das pessoas. «O ministério tem responsabilidades acrescidas, já que deve nomear os professorares e pagar-lhes o seu salário de forma a iniciar-se este processo», sugeriu o investigador.Numa aula de iniciação à língua, o JN verificou a vontade das pessoas em aprender a ler e escrever, num curso promovido pela Junta de Freguesia de Sendim, que juntou cerca de 30 alunos do concelho de Miranda do Douro, do Porto e de Braga. Amadeu Ferreira lembrou ainda que há já um número significativo de pessoas interessadas em aprender o Mirandês. A prova disso são cursos que a Associação de Língua Mirandesa, em Lisboa, tem leccionado ao longos dos últimos seis anos. Funcionam duas turmas uma na capital a outra em Corroios (margem sul), por onde já passaram mais de 200 alunos, na maioria mirandeses.Um estudo da linguísta Manuela Barros Ferreira revela caracteriza o Mirandês, reconhecido por lei em 1999, da seguinte forma «É uma língua do Nordeste de Portugal que ocupa uma área de 500 Km2. Teve origem num dos romances peninsulares formados a partir do latim vulgar, nomeadamente do asturo-leonês, pelo que pertence ao grupo das línguas românicas. A sua formação foi um processo longo, contemporâneo da formação galaico-portuguesa. Sofreu grande influência do Português, sobretudo a partir do século XVI , tendo chegado a ser inteiramente substituído por este em Miranda do Douro. Foi conservada nas aldeias envolventes como língua de transmissão oral. Na actualidade, não é falada por mais de sete mil pessoas, mas, se se acrescentar os emigrantes, o número poderá rondar os 12 a 15 mil falantes». Mas foi em 1882 que José Leite de Vasconcelos a deu conhecer num visita ao planalto mirandês «Não é o Português a única língua usada em Portugal, aqui (Miranda do Douro) fala-se também o Mirandês».
Francisco Pino in JN, 2006-08-23